Semana passada estava conversando (brigando) com minha mãe
semana passada e ela disse: “Pare de viver sua vida como se você fosse morrer a
qualquer momento. Perca essa mania louca de querer aproveitar todos os
instantes”.
Recebi hoje de novo a notícia da morte prematura de um colega
de profissão. E então mais uma vez a frase: “Só se vive uma vez “, vem na minha
cabeça. E eu fico pensando, sentada na frente desse computador: O que é que eu
estou fazendo com a minha vida? Eu sei exatamente tudo o que eu deveria fazer.
Sei de todas as atitudes que eu deveria ter.
E há cada dia mais me convenço que a vida é realmente aquilo
que escorre por entre os dedos e nem vemos. E perder a vida não é só morrer.
Porque quando a gente morre, já não tem mais jeito. Perder a vida, é deixar de
viver aos poucos. É aquele momento de
coragem que nos falta para ir atrás da nossa verdadeira felicidade. É viver
conformado, acomodado. Perder a vida é perder o frio na barriga. É aquele
momento que adiamos e nunca chega. Aquela declaração que não fazemos. O beijo
que não damos. O perdão que não pedimos.
Mas qual o primeiro passo? Por onde começo? Sigo vivendo.
Sigo tentando. Sigo buscando a razão que faça com que os meus dias, poucos ou muitos,
valham a pena.